“Este é um bom momento para refletir sobre o papel do farmacêutico e apresentar à população um pouco mais de seu trabalho”, afirma Andréa Vilela, presidente da Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag)- Regional Minas. Estima-se que no Brasil existam mais de 50.000 farmácias, num mercado consumidor onde o país está entre os cinco maiores do mundo.
As primeiras boticas ou apotecas que surgiram no século 10 são precursoras da farmácia moderna assistida. Os farmacêuticos, no início, incrementavam as fórmulas existentes para melhor atender as necessidades da época, marcadas por um período entre guerras, doenças e epidemias. Os medicamentos, anteriormente, eram muito escassos e milhares de pessoas chegavam a óbito por falta de acesso. No Brasil, eles só apareciam quando expedições portuguesas, francesas ou espanholas chegavam com suas esquadras.
A farmácia de manipulação pode ser confundida com a história da Farmácia no Brasil. O boticário do período colonial manipulava e produzia o medicamento na frente do paciente, de acordo com a farmacopeia e a prescrição médica. Com o tempo, da botica foram originados dois tipos de estabelecimento: a farmácia e o Laboratório Industrial Farmacêutico.
Há registros muito antigos do exercício da profissão, de mais de 2 mil anos e, com os avanços da ciência e tecnologia, as práticas do passado foram evoluindo e tomaram consistência. Com o avanço das pesquisas das indústrias farmacêuticas, o mercado para os profissionais parece ser cada vez mais promissor, assim como as inúmeras oportunidades de atuação. Segundo o Conselho Federal de Farmácia (CFF) existem mais de 70 atuações para o profissional da farmácia. Entre elas, podemos citar a própria indústria farmacêutica, a de cosméticos, fiscalização sanitária, hospitais e auditoria em saúde.
Esta expansão indica o crescimento da demanda por profissionais mais qualificados, que possam ajudar a consolidar os índices de confiança dos consumidores e colaborar para diminuir os altos índices de automedicação. Andréa explica que a farmácia e a drogaria de hoje não se restringem apenas à atividade comercial, elas prestam assistência plena, visando universalizar os serviços farmacêuticos ao alcance de todos. “Os Conselhos Estaduais de Farmácia, devidamente orientados pelo Conselho Federal e pela Associação Nacional dos Farmacêuticos Magistrais inovaram quando determinaram assistência plena nas farmácias e drogarias, visando transformar o profissional de farmácia no principal elo entre a medicina e a humanidade sofredora”, frisa.
É inegável o valor que esses peritos na preparação de fórmulas e desenvolvimento de novas substâncias inovadoras apresentam para a saúde no mundo contemporâneo, objetivando a melhoria da condição de vida da população. O farmacêutico atua diretamente nas mudanças ocorridas na relação saúde e paciente, no aumento da expectativa de vida pela criação de diversas substâncias e vacinas, na melhoria das instituições de saúde e o no avanço da medicina em geral.
Cíntia Neves
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