Você já reparou que grande parte dos recém-nascidos apresenta, nos primeiros dias de vida, uma coloração amarelada na pele? Calma, isso é conhecido como Icterícia Neonatal e geralmente ocorre após as primeiras 24 horas de vida do bebê. Mas em alguns casos, a icterícia pode ser patológica, causada por inúmeros fatores, e deve ser acompanhada de um médico para ser adequadamente tratada.
De acordo com a médica neonatologista do Amparo Maternal, Silvia Maia Holanda, a icterícia acontece devido ao acúmulo da bilirrubina, um pigmento produzido naturalmente pelo organismo, que deveria ser transportado para o fígado, metabolizado e em seguida eliminado pelas fezes. “Quando esse processo não ocorre de maneira adequada, ocorre o acúmulo desse pigmento, e por isso surge o tom amarelado na pele do bebê”, conclui.
Silvia explica que a icterícia atinge cerca de 60% dos bebês, podendo chegar até 80% em caso de bebês prematuros, mas é um processo fisiológico, geralmente limitado ao período neonatal. “Nos recém-nascidos, a icterícia geralmente começa no segundo dia e piora até o quinto dia de vida. Já nos prematuros ela pode se intensificar durante toda a primeira semana de vida”, pondera a doutora. Por isso, ela explica que é importante o acompanhamento médico e fazer um diagnóstico para saber se existe a necessidade de um tratamento mais intensivo como a fototerapia, pois mesmo aparentemente inofensiva, a bilirrubina em níveis altos colocam o bebê em risco para complicações neurológicas como surdez e retardo mental.
A médica do Amparo Maternal também esclarece que não existe nenhum tratamento de prevenção da icterícia, mas é possível identificar alguns fatores de risco para desenvolvê-la como prematuridade e incompatibilidade sanguínea. Existem também outros elementos que retardam a melhora da icterícia como a amamentação inadequada e a imaturidade do fígado do bebê, que é uma característica comum nos recém-nascidos e que melhora progressivamente após o nascimento. “Nos casos que não necessitam de tratamento, é aconselhável submeter o bebê a banhos de sol no início da manhã e fim da tarde para acelerar a eliminação da bilirrubina”, aconselha.
Há 73 anos, o Amparo Maternal é uma maternidade filantrópica que atua com Saúde e Assistência Social, atendendo exclusivamente aos sistemas públicos na cidade de São Paulo. O complexo hospitalar disponibiliza atendimentos de urgência obstétrica, serviços ambulatoriais, internação e Unidade de Terapia Intensiva Neonatal e o Centro de Acolhida assiste às gestantes, mães e bebês em situação de vulnerabilidade e risco social.
Considerado como uma das maiores maternidades da América Latina, o Amparo Maternal conta com mais de 400 colaboradores e 100 voluntários que contribuem para a realização de cerca de 7 (sete) mil partos anuais, dos quais 80% são normais. Mais informações: Patricia Santana – (11) 5103-5665 – (11) 98130-0944 – visibilidade@acsc.org.br
Camila Ohana
E-mail: camila@lepera.com.br
Fone: (11) 51035665
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