Os períodos festivos, como o Carnaval, são marcados por uma maior aceitação social do uso de álcool no país. Desta forma, aumentam os riscos do consumo excessivo, atrelado as diversas consequências negativas: sexo desprotegido e transmissão de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), acidentes de trânsito, violência, entre outros.
Por isso, o Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA), organização não governamental que se destaca como uma das principais fontes no País, aproveita a ocasião para esclarecer alguns mitos sobre o consumo de álcool para que os foliões possam aproveitar o Carnaval sem colocar em risco sua vida, ou a de outros:
Banho frio, beber café forte ou movimentar-se bastante funcionam como antídoto para o consumo excessivo de álcool.
Mito. Só há uma maneira de se restabelecer da embriaguez: esperar que o álcool seja eliminado normalmente pelo processo de metabolização realizado pelo fígado. O organismo demora, em média, de 1 a 3 horas para metabolizar uma dose* de álcool. Além disso, como o álcool por si mesmo induz a desidratação, durante e /após seu consumo, é essencial reidratar-se. Estima-se que o consumo de 50 g de álcool em 250 ml de água (aproximadamente 4 doses) causa a eliminação de 600 a 1000 ml de água em algumas horas: o álcool é diurético (por diminuir a concentração de vasopressina, ou hormônio antidiurético) e alguns de seus efeitos, como suor, vômito e diarreia (comuns na ressaca), ainda promovem mais perda de água no organismo.
Cerveja e vinho são menos “perigosos” que os destilados.
Mito. O tipo de bebida não é o fator mais importante para evitar a intoxicação aguda pelo álcool, mas sim como e quanto está consumindo (por exemplo, a quantidade e frequência do consumo, se a pessoa bebe durante as refeições, sozinho ou acompanhado). Assim, ao consumir grandes quantidades de uma bebida que possui baixo teor alcoólico, terá praticamente o mesmo efeito se ingerisse pequenas quantidades de uma bebida com maior teor alcoólico.
Mesmo em doses pequenas, o álcool pode causar problemas; por isso, menores de idade não devem consumi-lo.
Verdade. Não é recomendado que menores de 18 anos bebam principalmente porque seu Sistema Nervoso Central (SNC) ainda está em desenvolvimento. Desta maneira, suas vias neuronais encontram-se suscetíveis aos danos causados pelo álcool, levando ao comprometimento de várias funções. Inclusive, o uso antes dos 15 anos de idade é ainda mais preocupante por ser um indicativo de maior risco para o desenvolvimento de abuso e dependência do álcool.
Misturar diferentes tipos de bebidas alcoólicas, como cerveja, vinho e destilados, leva à embriaguez mais rapidamente do que o consumo de apenas um tipo de bebida.
Mito. O nível de álcool no sangue é que determina o nível de sobriedade ou intoxicação alcoólica do indivíduo; por isso, a quantidade de doses que a pessoa ingere é que vai determinar a quantidade de álcool em seu sangue, e não o tipo de bebida.
Outros esclarecimentos também são importantes para evitar o consumo prejudicial de bebidas alcoólicas:
Além disso, há risco de problemas de saúde e outros especialmente se o indivíduo:
A OMS ainda recomenda que o consumo de bebidas alcoólicas não deve ser feito se a pessoa:
Como citado anteriormente, vale ressaltar que o uso de álcool também não é recomendado para crianças e adolescentes, quando o sistema nervoso central ainda está em desenvolvimento e, portanto, suas vias neuronais encontram-se mais suscetíveis aos efeitos do álcool, podendo levar ao comprometimento de várias funções.
Para aproveitar a folia com responsabilidade e segurança, a principal recomendação do CISA é que as pessoas não se arrisquem: evitem abusos e não se esqueçam das consequências do uso indevido do álcool. Estas atitudes, sem dúvidas, proporcionarão um Carnaval mais seguro e alegria garantida!
*A Organização Mundial de Saúde (OMS) estabelece que uma unidade de bebida ou dose padrão contém aproximadamente de 10 g a 12 g de álcool puro, o equivalente a uma lata de cerveja (330 ml) ou uma dose de destilados (30 ml) ou ainda a uma taça de vinho (100 ml).
OMS, 2010. Self-help strategies for cutting down or stopping substance use: a guide. Genebra: OMS.
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NIAAA. Overview of Alcohol Consumption. Disponível em: http://www.niaaa.nih.gov/alcohol-health/overview-alcohol-consumption.
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SAMSHA, 2012. Underage drinking: myths vs. facts.
O Centro de Informações sobre Saúde e Álcool – CISA, organização não governamental criada em 2004 e qualificada como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) desde 2005, foi fundado pelo psiquiatra e especialista em dependência química Dr. Arthur Guerra de Andrade e consolidou-se como a maior fonte de informações no País sobre o binômio saúde e álcool. Por meio de seu website (www.cisa.org.br), disponibiliza um banco de dados direcionado à população geral, estudantes, profissionais de saúde, pesquisadores e empresas, que tem como base publicações científicas reconhecidas no cenário nacional e internacional, dados oficiais (governamentais) e informações de qualidade publicadas em jornais e revistas destinados ao público geral sobre o álcool e suas relações com o corpo, a mente e a sociedade.
O CISA acredita na importância do rigor ético e na transparência de suas ações no que diz respeito à obtenção e divulgação de conhecimento atualizado e imparcial na área de saúde e álcool, e prontifica-se a colaborar com políticas públicas que abordem o tema de forma eficaz. Também está comprometido com o avanço do conhecimento nessa área e encoraja a adoção de medidas para prevenir o uso nocivo de álcool e suas consequências, por meio de parcerias e elaboração de materiais educativos e de prevenção.
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